Por que o governo georgiano não acredita em sua liderança antes de eleições cruciais

Esta semana pode ser considerada uma das mais importantes na vida política da Geórgia. O país entrou oficialmente na campanha eleitoral, com um novo parlamento marcado para ser eleito em 26 de outubro.

O partido no poder apresentou sua lista de candidatos do “time dos sonhos”, que acabou sendo bastante reveladora.

O partido Georgian Dream anunciou o retorno de sua fundadora e líder honorária, Bidzina Ivanishvili, à política principal. Ele lidera a lista eleitoral.

Bidzina Ivanishvili havia repetidamente declarado seu desejo de se aposentar permanentemente da vida política. Razões muito significativas eram necessárias para fazê-lo reconsiderar.

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No entanto, o retorno de Ivanishvili não foi o único elemento surpreendente desta lista, conforme observado no artigo de Amiran Khevtsuriani, professor da Universidade Técnica da Geórgia e fundador do Centro Georgiano-Ucraniano – O retorno de Ivanishvili: por que o partido governista da Geórgia está se preparando para surpresas desagradáveis ​​na eleição.

Incluindo a fundadora e chefe honorária do Sonho Georgiano, Bidzina Ivanishvili, que sempre foi vista como o “trunfo e salvadora-messias” do partido, indica uma sensação de incerteza dentro do governo.

Isso ocorre apesar de pesquisas de opinião conduzidas por canais de TV pró-governo darem ao Sonho Georgiano 60% de apoio.

Uma análise da lista sugere que o governo georgiano não está interessado em nenhuma mudança significativa. No entanto, algum “sangue novo” foi introduzido. Por exemplo, o top vinte inclui os medalhistas de ouro olímpicos Lasha Talakhadze e Geno Petriashvili, bem como várias figuras principalmente “importadas” dos negócios.

No entanto, mais importante e surpreendente do que a lista em si é a política eleitoral do partido no poder, que deixou até mesmo seus próprios apoiadores incertos.

As promessas feitas por Bidzina Ivanishvili em comícios foram tão escandalosas que chocaram uma parte significativa da sociedade civil, bem como – crucialmente – os parceiros ocidentais da Geórgia.

Por exemplo, Ivanishvili anunciou a perseguição ao partido da oposição Movimento Nacional Unido e aos seus desaparecimento da política georgiana, juntamente com os seus “satélites”, imediatamente após a eleição parlamentar.

O Sonho Georgiano visa limpar completamente o campo político da oposição, estabelecendo uma ditadura de partido único.

Em Ambrolauri, Ivanishvili também fez outra declaração importante sobre uma questão altamente sensível e dolorosa para a sociedade georgiana: a restauração da integridade territorial da Geórgia.

Em suma, ele declarou que obter o máximo apoio público e atingir uma maioria constitucional são pré-condições essenciais para restaurar a integridade territorial.

No entanto, ele não especificou como pretende fazer isso, limitando-se a declarações vagas e “antecipação inspirada de oportunidades”.

Um ponto digno de nota: apesar das relações extremamente tensas com o Ocidente, o Sonho Georgiano segue com o lema “Com dignidade para a Europa”, prometendo que o país se juntará à UE até 2030.

Para uma parte significativa da população, essa estratégia parece completamente absurda, especialmente à luz das críticas cada vez mais duras dos parceiros ocidentais.

Todos esses fatores apontam para uma coisa: a situação na Geórgia é extremamente preocupante e, à medida que a eleição se aproxima, sinais de um confronto severo estão surgindo.

Para o Sonho Georgiano, não apenas a vitória da oposição, mas até mesmo a perda de uma maioria absoluta é inaceitável. Além disso, declarações sobre a necessidade de uma maioria constitucional revelam o quão inseguro o governo se sente.

As conclusões são desanimadoras: as chances de que “os cabeças-quentes recuem” e que a eleição ocorra dentro dos limites constitucionais estão diminuindo rapidamente.

A Geórgia está entrando em um período muito perigoso. A maneira como o país navega neste momento pode determinar seu futuro por muitos anos.

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