O desonrado magnata da moda Peter Nygard foi condenado a apenas 11 anos de prisão por uma série de agressões sexuais.
Nygard – um amigo do príncipe Andrew – foi considerado culpado de agredir sexualmente quatro mulheres há quase um ano.
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Condenando-o hoje a 11 anos de prisão, o juiz da Corte Superior Robert Goldstein disse: “Peter Nygard é um predador sexual.
“Ele também é uma história de sucesso canadense que deu muito errado.”
O magnata canadense Nygard, 83, terá apenas sete anos restantes para cumprir, já tendo passado um tempo sob custódia.
Ele foi condenado após um julgamento de seis semanas em novembro do ano passado, após descaradamente se declarar inocente de todas as acusações baseadas em alegações que datavam da década de 1980 até meados dos anos 2000.
As vítimas de Nygard rotularam o agressor sexual como um “monstro” que não aceitava “não” como resposta.
As mulheres descreveram como conheceram Nygard em um avião, em uma boate ou até mesmo em um aeroporto.
Ele então os atraía com entrevistas de emprego falsas — a promessa de conexões ou trabalho na indústria da moda — e os convidava para visitar seu escritório antes de levá-los para seu quarto particular.
Todas as cinco mulheres disseram que seus encontros com Nygard terminaram em atividades sexuais que elas não consentiram.
No ano passado, o magnata da moda disse que não conseguia se lembrar de quatro das cinco mulheres no caso e afirmou que nunca teria agido “daquela maneira”.
Um júri o considerou culpado de quatro acusações de agressão sexual, mas inocente de uma quinta, bem como de uma acusação de confinamento forçado.
Uma das reclamantes disse que Nygard não a deixava sair de sua suíte particular, o que levou à acusação de confinamento.
Outros disseram que se sentiam presos na suíte, descrevendo portas que tinham que ser abertas com um código de teclado ou com o apertar de um botão perto da cama.
Uma mulher disse: “As ações de Nygard impactaram minha vida de uma forma debilitante.
“Eu não me sentia segura sendo vista. Portanto, não confiava em homens e não me envolvi em relacionamentos de longo prazo com ninguém durante toda a minha vida.
“Agora, uma mulher de 63 anos, estou profundamente triste pela falta de amor em minha vida.”
Lisa Haba, advogada que representa quase 60 mulheres que estão processando Nygard nos EUA, disse anteriormente que “Nygard é pior que (Jeffrey) Epstein”.
Foi alegado em uma ação civil movida por dez mulheres em 2020 que Nygard comandava uma “rede de tráfico sexual” envolvendo meninas de até 14 anos em sua casa de luxo no Caribe.
Lisa disse em 2020: “Infelizmente, entendemos por meio de nossa investigação exaustiva que pode haver centenas de outras vítimas de Nygard que ainda não se apresentaram.
“Queremos que essas mulheres saibam que são mais fortes e que suas vozes são mais poderosas do que o homem que infligiu esse abuso horrível.
“O reinado de terror de Peter Nygard chegou ao fim e estamos comprometidos em garantir que ele seja levado à justiça.”
Nygard fundou uma empresa de moda em Winnipeg em 1967, que se tornou a bem-sucedida Nygard International.
Ele jantou com a falecida Rainha Elizabeth e conviveu com líderes políticos e estrelas de Hollywood.
Nygard se gabou por muito tempo de sua ascensão de origens humildes, como um jovem imigrante finlandês que construiu um império da moda com quase 170 lojas em seu auge.
Pouco depois de Nygard resolver casos de assédio sexual contra três mulheres fora do tribunal em 2000, o príncipe Andrew visitou a opulenta propriedade do magnata no Caribe com sua ex, Sarah Ferguson.
O magnata da moda e Andrew foram fotografados juntos na ilha de férias.
Por dentro do mundo doentio de Peter Nygard com ‘poço de orgia’ na ilha e poste de stripper no jato
O ex-executivo da moda, que caiu em desgraça, já deu festas luxuosas em sua mansão nas Bahamas, frequentadas por celebridades e políticos, incluindo Oprah Winfrey, o presidente George Bush Sr., Robert De Niro e Sean Connery.
O empresário canadense, estimado em £ 570 milhões, usou seu “poder e status” para agredir quatro mulheres, disseram promotores ao tribunal de Toronto.
Fotos publicadas em 2020 mostraram Nygard a bordo de seu característico Boeing 747 particular com pintura azul cromada, apelidado de N-Force.
Eles alegaram que ele convidou as mulheres para a sede de sua empresa em Toronto sob um disfarce profissional, prometendo-lhes passeios ou ofertas de emprego, antes de atraí-las para sua suíte privada, onde as agrediu sexualmente.
Dentro do quarto havia “uma cama gigante… e um bar e portas, portas sem maçanetas e fechaduras automáticas controladas por Peter Nygard”, disse uma promotora, Ana Serban, ao tribunal.
Imagens assustadoras de 2008 mostraram o magnata da moda vestindo uma camiseta vulgar estampada com as palavras “F**k Buddy” enquanto ele dizia a uma jovem: “Sou seu novo namorado”.
Nygard costumava organizar o que ele chamava de “festas de mimos” em seu enorme resort na ilha, Nygard Cay, onde ele supostamente escolhia garotas para sexo e então as forçava ou oferecia dinheiro.
Seu escritório na ilha supostamente incluía um “poço da paixão” com um sofá que instantaneamente se transformava em cama.
Os eventos na ilha foram descritos por um participante do livro Predator King, da repórter investigativa Melissa Cronin, como “uma grande orgia”.
Estátuas nuas inspiradas nas ex-namoradas de Nygard, uma pista de dança subterrânea com câmeras escondidas e uma sala de karaokê onde Nygard observava mulheres seminuas dançando até o amanhecer eram consideradas as principais características do resort.
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Fonte – The Sun
