CIENTISTAS desenterraram os primeiros fósseis bem preservados de um antigo parente do tubarão, o que agora prova que ele é um predador pré-histórico diferente de qualquer outro.
Durante décadas, o extinto Ptychodus deixou os cientistas perplexos com pouquíssimos vestígios, mas seus restos surpreendentes foram encontrados nos depósitos fósseis de Lagerstätte, em Vallecillo, no México.
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O Ptychodus já teve 9,7 metros de comprimento e dentes de 55 centímetros de comprimento e 46 centímetros de largura, o que lhe permitiu comer vida marinha de casco duro, como as tartarugas.
Seus dentes também incluíam placas para que pudessem esmagar suas presas, o que é muito diferente dos tubarões modernos.
O enorme parente do tubarão viveu durante o período Cretáceo, que ocorreu entre 145 milhões e 66 milhões de anos atrás, e estava vivo na mesma época dos dinossauros.
Os cientistas conseguiram determinar a partir dos fósseis que Ptychodus é um tipo de tubarão da família Lamniforme.
Isso faz do Ptychodus um parente dos grandes tubarões brancos.
As descobertas foram publicadas na revista The Royal Society e a pesquisa foi liderada por Romain Vullo, do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica.
“Os fósseis recém-descobertos no México indicam que o Ptychodus se parecia com o tubarão-sardo atual”, disse Vullo ao Live Science.
Ele acrescentou que o Ptychodus tem uma “dentição de trituração única”.
“A descoberta de espécimes completos de Ptychodus é realmente emocionante porque resolve um dos enigmas mais impressionantes da paleontologia de vertebrados”, disse Vullo.
Vullo explicou que os fósseis foram primorosamente preservados porque foram formados em uma área onde nenhum necrófago foi capaz de destruir os restos mortais.
“As carcaças dos animais foram rapidamente enterradas em uma lama de cal macia antes de serem totalmente desarticuladas”, disse Vullo.
TARTARUGA DEvoradora
A descoberta do Ptychodus foi surpreendente para a equipe de paleontólogos e provou que sua espécie era dominante na época em que estava viva.
“Nossos resultados apoiam a visão de que os lamniformes eram ecomorfologicamente altamente diversos e representavam o grupo dominante de tubarões nos ecossistemas marinhos do Cretáceo”, disse o artigo.
O antigo parente do tubarão branco alimentava-se principalmente de outros animais marinhos gigantes, o que o tornava uma fera de seu tempo.
Acredita-se que seus pratos principais incluíam grandes amonites, um tipo de crustáceo de casco duro, e tartarugas marinhas de casco duro.
Grandes tubarões brancos – os fatos
Aqui está o que você precisa saber…
- O grande tubarão branco é uma espécie de tubarão-cavala grande
- Eles são normalmente encontrados nas águas superficiais costeiras de todos os principais oceanos
- Os grandes tubarões brancos são famosos pelo seu tamanho
- As fêmeas são maiores que os machos, crescendo até 6,1 metros ou 20 pés de comprimento.
- Na maturidade total, um grande tubarão branco pode pesar até 1.905 quilos ou 4.200 libras
- Um estudo de 2014 revelou que a expectativa de vida de um grande tubarão branco é estimada em 70 anos ou mais
- Os grandes tubarões brancos podem nadar a velocidades de mais de 56 km/h ou 35 mph
- E eles podem nadar até profundidades de 1.200 m, ou 3.900 pés
- Os especialistas acreditam que os greas brancos não têm predadores naturais, além da baleia assassina em casos muito raros
- Os grandes tubarões brancos tornaram-se parte do imaginário popular após o romance Tubarão de 1974 e a posterior adaptação cinematográfica de Steven Spielberg
- Os humanos não são presas naturais dos grandes tubarões brancos, mas são responsáveis pelo maior número de ataques não provocados de tubarões a humanos
“O Ptychodus pode ter se alimentado predominantemente de presas nectônicas de concha dura, como amonites e tartarugas marinhas, em vez de invertebrados bentônicos, disse o artigo.
No entanto, a extinção do Ptychodus pode ter sido causada pela competição com outros grandes animais marinhos que estavam atrás da mesma presa.
Isso inclui grandes répteis marinhos que estavam surgindo na época.
“Perto do fim do Cretáceo, esses grandes tubarões provavelmente estavam em competição direta com alguns répteis marinhos (mosassauros) que tinham como alvo a mesma presa”, disse Vullo, segundo a Live Science.
O artigo explicou que “sua extinção durante o Campaniano, bem antes da crise do fim do Cretáceo, pode ter sido relacionada à competição com os emergentes mosassauros globidensinos e prognatodontinos de dentes rombos”.
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Fonte – The Sun
