Um buraco negro SUPERMASSIVO a cerca de 55 milhões de anos-luz da Terra foi capturado com os mínimos detalhes até agora por cientistas.
Pesquisadores usaram o Event Horizon Telescope (EHT) para obter a imagem de maior resolução de um buraco negro já tirada da superfície da Terra.
Pela primeira vez, cientistas conseguiram ver imagens multicoloridas de um buraco negro supermassivo.
Imagens anteriores, publicadas em 2019, mostraram que o objeto cósmico é um anel laranja brilhante, chamado de Olho de Sauron.
Mas novas imagens, publicadas hoje e lideradas por cientistas do Centro de Astrofísica Harvard & Smithsonian (CfA) e do Observatório Astrofísico Smithsonian (SAO), mostram a fera brilhando em tons de turquesa e vermelho.
Cientistas sobrepuseram fotos recentes com instantâneos mais antigos para criar imagens com 50% mais detalhes do que antes.
“Para entender por que isso é um avanço, considere a explosão de detalhes extras que você obtém ao passar de fotos em preto e branco para coloridas”, explicou o colíder do artigo, Sheperd Doeleman.
“Essa nova ‘visão de cores’ nos permite separar os efeitos da gravidade de Einstein do gás quente e dos campos magnéticos que alimentam os buracos negros e lançam jatos poderosos que percorrem distâncias galácticas.”
O Event Horizon Telescope essencialmente cria um telescópio do tamanho da Terra conectando diversas antenas parabólicas ao redor do globo.
É composto por seis telescópios, da Groenlândia ao Chile.
Nimesh Patel, astrofísico do Centro de Astrofísica de Harvard & Smithsonian, acrescentou que as novas observações exigiram enfrentar as consequências de uma tempestade de neve em Maunakea para abrir o conjunto.
Para obter imagens mais nítidas, os cientistas expandiram o alcance de frequência do Event Horizon Telescope nesta última colaboração.
O telescópio não pode ficar maior, pois já é do tamanho do planeta, então aumentar a frequência é a próxima opção.
As imagens mais recentes foram capturadas em 345 GHz, o que nunca foi alcançado após conectar tantas antenas parabólicas.
“Com o EHT, vimos as primeiras imagens de buracos negros detectando ondas de rádio a 230 GHz, mas o anel brilhante que vimos, formado pela curvatura da luz na gravidade do buraco negro, ainda parecia borrado porque estávamos nos limites absolutos de quão nítidas poderíamos tornar as imagens”, explicou o colíder do artigo, Alexander Raymond.
Raymon, que agora trabalha no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, acrescentou: “A 345 GHz, nossas imagens serão mais nítidas e detalhadas, o que provavelmente revelará novas propriedades, tanto aquelas que foram previstas anteriormente quanto algumas que não foram.”
Os cientistas agora apresentaram planos para adicionar novas antenas ao telescópio em localizações geográficas ideais, bem como atualizar as estações existentes.
“A observação bem-sucedida do EHT em 345 GHz é um marco científico importante”, disse Lisa Kewley, Diretora do CfA e SAO.
“Ao forçar os limites da resolução, estamos alcançando a clareza sem precedentes na geração de imagens de buracos negros que prometemos no início e estabelecendo padrões novos e mais elevados para a capacidade da pesquisa astrofísica terrestre.”
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Fonte – The Sun