Eu sofri um tipo de trauma com o Arsenal. Era como se tivessem tirado minha paixão pelo futebol. Eu sentia nojo do jogo. Eu não estava mais jogando, e me perguntei por que eu estava fazendo esse trabalho.
Eu senti tantas dúvidas, e pensei em desistir de tudo. Eu me perguntei por que as pessoas estavam me atacando com tanta raiva. Elas chegaram a me chamar de o maior fracasso da história da Premier League. Mas eu me recusei a ficar deprimido sobre isso.
Eu queria algo diferente quando deixei o Arsenal no verão passado, e não me importava nem um pouco com o dinheiro. No Nice, eu ganhava apenas 25 por cento do meu salário do Arsenal. Eu só queria jogar.
Eu queria cancelar meu contrato com o Arsenal mais cedo, mas eles não estavam dispostos a fazer isso. Eles disseram que tinham pago £ 72 milhões por mim, então não podiam me deixar ir de graça. Eles estavam pedindo grandes quantias por mim, então todos os acordos de transferência possíveis fracassaram.
O Arsenal só aceitou me deixar ir depois que o mercado de transferências europeu fechou, então só restaram os países do Golfo e a Turquia. Eles também me fizeram prometer não ir para a Arábia Saudita, por questões de imagem, e no final recebi uma oferta do Trabzonspor.
Eu não pedi ao Arsenal para pagar £ 72 milhões por mim. Com uma taxa tão alta, as pessoas não se importam com o nível de onde você vem – elas só querem que você jogue imediatamente. Infelizmente, a realidade é que as estatísticas estão acima de tudo. Poucos jogadores marcam 25 gols por temporada com um novo clube, e eu nem sou um número nove – eu não ia atropelar a Premier League desse jeito.
Mas isso me trouxe uma onda de críticas. Foi quase assédio, e me afetou. Também veio da mídia e de certas pessoas dentro do clube do Arsenal. Eles não perceberam que isso pode afetar minha mente e minhas performances. As únicas pessoas que sempre me apoiaram foram os fãs do Arsenal.
Nicolas Pepe
