O mistério de uma antiga “porta para o inferno” de 3.000 anos dedicada a um deus asteca foi resolvido depois que ela foi roubada de uma caverna escondida.
O artefato mexicano, chamado Máscara da Caverna Olmeca, foi saqueado no início da década de 1960, mas finalmente foi devolvido ao México após uma busca de 64 anos.
Datado de quase 3.000 anos, o artefato de 2.000 libras retrata o deus jaguar Tepeyollotlicuhti, com grandes olhos ovais, narinas dilatadas e uma boca escancarada.
Foi somente em maio que as autoridades descobriram que o artefato havia sido saqueado, após anos de confusão e perplexidade sobre seu desaparecimento.
Mas após uma investigação conjunta de promotores em Manhattan com a Segurança Interna, o objeto foi apreendido no mês passado.
Ainda não está claro se alguém enfrentará acusações criminais relacionadas à escultura.
O promotor público de Manhattan, Alvin Bragg Jr., anunciou na quinta-feira em um comunicado à imprensa que a máscara é “extraordinariamente rara” e foi criada em 800 a.C. no México.
“Representando a passagem para o outro mundo, a enorme Máscara de Caverna Olmeca guardava a entrada de uma caverna cerimonial no sítio arqueológico de Chalcatzingo, no México”, diz a declaração.
“Esta peça incrível e antiga é uma rara janela para o passado da sociedade olmeca”, acrescentou Bragg.
O promotor público revelou como aqueles que saquearam a máscara acabaram quebrando-a em vários pedaços para facilitar o contrabando.
Acabou sendo enviado para diferentes museus e coleções particulares nos Estados Unidos por quase 60 anos.
“A Máscara da Caverna pode finalmente retornar para ficar junto com os demais monumentos que a acompanham”, disse Bragg.
Os investigadores descobriram que um dos vários museus aos quais o objeto foi emprestado foi o renomado Metropolitan Museum of Art, em Nova York.
Documentos também revelaram que a máscara foi vendida recentemente a um colecionador particular, antes de ser recapturada.
A escultura é conhecida como “Portal para o Submundo” pelo povo do México e vem da Civilização Olmeca.
Consideradas a “cultura mãe” de muitas outras culturas que surgiram na região nos últimos anos, as obras de arte olmecas estão entre as mais impressionantes da América antiga.
Ivan Arvelo, agente especial de Nova York encarregado das Investigações de Segurança Interna, disse que os olmecas foram uma das civilizações antigas mais influentes das primeiras Américas.
Por isso, o significado histórico e cultural desta escultura é “sem medida”, diz ele.
Quem eram os astecas?
Por Tom Malley
Os astecas são uma das tribos mais famosas do mundo que prosperaram no centro do México no período pós-clássico, de 1300 a 1521.
Uma cultura nômade, os astecas acabaram se estabelecendo em várias pequenas ilhas no Lago Texcoco, onde fundaram a cidade de Tenochtitlan em 1325.
Hoje, o lugar é conhecido como a atual Cidade do México, a capital do país.
Os astecas são frequentemente lembrados como uma raça feroz e sanguinária, agressiva em batalha.
Eles também praticavam sacrifícios humanos para apaziguar seus vários deuses.
A cultura e a história asteca são conhecidas principalmente por meio de evidências arqueológicas encontradas em escavações como o renomado Templo Mayor na Cidade do México.
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Fonte – The Sun